20.9.05

Questão de peso!


Quisera eu que o dia tivesse 48 horas e não 24. Assim eu daria conta de tudo e ainda sobraria tempo para fazer nada. Aliás fazer nada é algo que não faço tem tempo.
Porém quando penso na dieta que estou fazendo gostaria que o dia se reduzisse para 12 horas apenas. Daí eu poderia comer o dobro do que posso comer em 24 horas. Hum, como seria bom isso.
E por falar em dieta, tenho me olhado no espelho todos os dias e dito para mim mesma: criatura, toma vergonha nessa cara. Para com esse negócio de engorda e emagrece. Tu és um ser humano ou uma sanfona?
Pois é, não crio vergonha mesmo. Mais uma vez fui indo de quilo em quilo e cheguei no limite do insuportável. O incômodo é tão grande e a autoestima fica tão rasteira que acaba servindo de reforço e estímulo para a virada.
Começei a "mardita" tem 17 dias hoje. Segui a risca as recomendações do "Dôtor". Ops, exceto as caminhadas que não estou fazendo. As consequencias são boas e ruins.
As boas:
- TODAS AS MINHAS ROUPAS ESTÃO LARGAS
- AS ROUPAS GUARDADAS JÁ ENTRAM EM MIM.
- Me pesei hoje e perdi 3 quilos e 300 gramas.
- Faltam apenas 4 para a meta final. Se o ritmo for o mesmo serão mais 20 dias.

As ruins:
- atualmente comer feijoada é equivalente para mim a ter um orgasmo. Se eu comer uma barra de chocolate com certeza serão vááááários e ainda por cima múltiplos, com direito a atingir o ponto G e tudo o mais.
- tô tendo pesadelos com brigadeiros, pudins de leite, cocadas, pizzas, risotos e outras guloseimas mais. Eles andam, falam, gritam e CORREM ATRÁS DE MIM. O último pesadelo foi com um BIGMAC enorme tentando me seduzir pra eu comer ele. Num tô podendo com isso.
- semana que vem não vou resistir. Impossível. Meta final será adiada para 30 dias.
- descobri que possuo aquele sentimento horrível chamado inveja. Sabem de que? De quem come de tudo e de montão, não faz atividade física nenhuma e não engorda uma grama sequer. Morro de inveja disso.

E tenho dito!

12.9.05

Minha terra.... quanta saudade!





Mercado do Ver-O-Peso.
Tem uns nomes esquisitos na minha terra. Quer ver? Aí vai: Aeroporto de Val-de-Cans (que nome é esse?).
Ponto turístico que eu nunca compreendi, exceto pelas excentricidades e peculiaridades dos produtos que só vendem lá. Exceto isto e a beleza, se vista de longe, claro.... cheiro ruim, muita sujeira, um confusão só.





Açai!
Fresquinho! Tirado na hora! Tem em todo lugar, todo bairro, toda quadra. Estupidamente gelado, com farinha de tapioca! Seja depois do almoço ou no meio da tarde, ou a noite. Toda hora é hora.
E pensar que chamam isto que vende aqui no Rio de açai! Para com isso!







Tacacá!
Tomar tacacá no final da tarde, em uma barraca em qualquer esquina da cidade. Isso era no meu tempo, agora é a era dos shopping center e quase não vemos mais tacacazeiras nas esquinas. Uma pena!









Nossa Senhora de Nazaré
Padroeira da cidade. Nada no planeta se compara à procissão em sua homenagem: O Círio de Nazaré.






E tem mais... muito mais, e muito orgulho de ser Paraense!

Senso? Bom senso? Contrasenso? Sem senso? Ah! as pessoas...


Conversa fiada
[texto e fotos por Paulo Sampaio]


Nada de criar empatia ou tentar ganhar a confiança do entrevistado: a brincadeira aqui era interpelar pessoas a esmo e bater papos instantâneos, em entrevistas de no máximo quatro minutos.
Durante dias, a reportagem colheu dezenas de conversas rápidas e casuais em São Paulo e no Rio -a faxineira do prédio, a vendedora de pastel, as freqüentadoras da loja de grife ou da fila do cinema, o motoboy convertido, um gari que varria a orla, quem aparecesse.
O resultado mostra o quanto algumas pessoas são capazes de revelar de si mesmas em uns poucos minutos. Informados previamente de que a entrevista seria curta, alguns afiaram o discurso, outros capricharam na velocidade. E assim foi anotado.
Aparecida Isabel Ferrari, faxineira, 52, no elevador, entre o 11º andar e a garagem de um prédio de classe média (com três paradas)
Tempo: 2min50s
- Tudo bem?
- Como Deus quer.
- A sra. entrega muita coisa na mão de Deus?
- Ele é quem pode tudo...
- A sra. é católica?
- Evangélica, com a graça de Deus nosso Senhor.
- Acha que Ele olha por todo mundo igual?
- Com certeza.
- Mas a sra. trabalha tanto, parece tão cansada...
- A gente tem que trabalhar.
- Onde a sra. mora?
- Perto de Jundiaí, dá uma hora e meia daqui...
- Vem como?
- De trem...
- Vem sentada ou em pé?
- A maior parte das vezes em pé.
- Deus não arruma um lugar pra sra. vir sentada?
- Ele me dá forças pra ficar em pé.


Luciana Ribeiro, 31, estilista, saindo com a amiga Carolina Gonçalvez, 25, da loja D&G do shopping Iguatemi
Tempo: 3min32s
- Comprou alguma coisa?
- Não. Pago no máximo R$ 800 por uma peça. Aí, uma blusinha custa R$1.500.
- Qual foi a última peça que comprou?
- Um jeans, hoje de manhã. Paguei R$ 800.
- Está feliz?
- O que você acha? Claro! A pessoa que paga R$ 800 por um jeans e não está feliz tem que se matar.
- E essa bolsa (Louis Vuitton)?
- Ganhei do meu namorado. Eu escolhi. Tem que escolher, senão vem bomba.
- Quanto custou?
- R$ 2.500.
- Quanto tempo de namoro é necessário para ganhar um presente de R$ 2.500?
- Como assim? Eu estava com ele há um mês, mas isso não tem nada a ver. Quando a gente gosta, não faz diferença um mês ou um ano. Eu dei a ele uma carteira Louis Vuitton e uma Montblanc (caneta)...
- Antes ou depois de ele te dar a bolsa?
- Depois, mas eu já tinha dado uma bicicleta, com um mês.(Carolina intervém) - Ah, não, com um mês eu dou no máximo um cartão.
- Ainda estão namorando?
- Não.

Gilda Caldeira, 74, aposentada, na esquina das ruas Xavier da Silveira e Nossa Senhora de Copacabana, no Rio
Tempo: 3min32s
- Posso entrevistá-la?
- Claro, é pra onde?
- Folha de S.Paulo.
- Ah, São Paulo é bem melhor. Aqui, vou te dizer! Você viu agora, o camelô quase me arrancou a perna pra fugir do fiscal da prefeitura... A entrevista é pra Folha né? Eu tenho 38 anos de TV, fui garota propaganda, posei numa motocicleta para a concessionária Auto Industrial, ali na Real Grandeza (Botafogo), filmei para o Corpo de Bombeiros, para a Polícia Militar, tenho foto no álbum da Bolsa de Valores e fiz também teatro: Cleópatra e a princesa da Gata Borralheira. Moro em Copacabana desde 1940, meu filho, isso aqui (apontando para dois prédios) eram duas casas enormes com abacateiros no quintal. Vivia trazendo crianças que moravam debaixo da ponte, no centro, para conseguir vaga para elas nas escolas públicas aqui da zona sul. Só fiz o bem das pessoas e agora esse camelô, você viu?...
- É casada?
- Nunca dei certo com os homens. Tentei dos 15 aos 22 anos, mas cansei daquela história de ficar batendo e apanhando. Com um deles, marquei encontro na porta do clube, no Carnaval, e o gaiato apareceu acompanhado de duas.
- O que a sra. fez?
- Já estava meio desconfiada, então o esperei em cima de uma árvore. Dei um pulo na hora que eles passaram, não sei como não quebrei o dedo da mão e a perna.
- Vamos fazer a foto?
- Quando é que vai sair? É na Globo?


Stella Alves, 39, casada, dois filhos, gerente de uma sex-shop em Moema
Tempo: 3min12s
- O que fazia antes?
- Sempre dei aula de pompoarismo (exercício vaginal). O dono da loja me chamou porque tenho 12 mil alunas no currículo.
- Costuma encarar as clientes nos olhos quando explica como funciona um vibrador?
- Sempre. E essa é a minha orientação para as meninas (vendedoras). São treinadas para isso.
- Como?
- É preciso passar sinceridade, transmitir segurança. Elas têm que acreditar no produto.
- A sra. as orienta a experimentá-los?
- Claro, elas têm de conhecer. Cada uma tem o seu..
- O que mais?
- Digo a elas que não se deixem levar pelo lado pessoal. Então, se a cliente diz que quer comprar um vibrador para introduzir no marido, elas não podem reagir com espanto, tipo: "Ãhn!?"
- E se a cliente propõe uma transa com a vendedora?
- É preciso saber conduzir a venda, não misturar as coisas. Vendedora de sex-shop não tem sexo.
- Quantos vibradores a senhora tem?
- (contando) Seis, só.

Rode d'Agostino, 31, publicitária, solteira, que queria assistir ao filme japonês "Zatoichi", errou de cinema e foi parar no Espaço Unibanco
Tempo: 2min18s
- Gosta de assistir filmes aqui?
- Aqui tem clima de cinema. O público é mais educado, bem comportado.
- Muito intelectual?
- Eu gosto disso. Mesmo que seja só tipo... -
Que tipo você faz?
- Esse também. Venho aqui e faço carão de intelectual no cinema.
- Acha que faz o tipo "Espaço Unibanco de Cinema"?
- Com os óculos, sim.

Claudivan Pereira, 20, vendedor-locutor, alagoano, mora em São Paulo há pouco mais de um ano, trabalha na rua Gal. Carneiro
Tempo: 2min16s
- Foi seu patrão quem inventou o texto que você diz ou é de sua autoria?
- Sou muito criativo..Se você observou, não fico apenas dizendo palavras como boneca, brinquedo, panela de pressão. Tem uma idéia unindo as frases.
- Você parece ter intimidade com o microfone..
- Muita.
- Costuma cantar?
- Canto na igreja. Quero me profissionalizar, esse é meu sonho. Gostaria também de ser apresentador de TV.
- Já tentou concurso de calouros?
- Não.
- Acha que pode ser descoberto por um produtor que esteja passando?
- Sabe que isso sempre me passa pela cabeça...?

Prostituta na rua Augusta
Tempo: 19s
- Entrevista? Sem dinheiro não adianta nem chegar...

Cena inacreditável no domingo




Saio de casa, junto com minha filhota e meu rei, para ir almoçar. Vamos andando pela calçada da minha rua em direção ao restaurante. A poucos metros a calçada da rua estreita muito, a ponto de não dar para ver as pessoas que vêm em sua direção, até o momento em que elas já estão na sua frente.
Chegando neste ponto da calçada me deparo com uma mulher grávida, barrigão enorme que, por estar um dia ensolarado e com calor, encontrava-se todinha exposta à vista de todos.
No exato momento em que cruzo com a mulher, e por sinal a calçada é tão estreita que temos que dar um jeitinho para cruzar com as pessoas, escuto a mulher, dedo em riste, dizer com a maior natguralidade do mundo, em alto e bom tom: "quero mais é que tu vá pra puta que te pariu, que tu te foda todinho".
Arregalei os olhos e virei para olhar para minha filha e meu rei, que vinham andando logo atrás de mim. Ela, olhos arregalados também, mas já não conseguindo segurar a gargalhada, também olhou para a mulher grávida. Daí percebemos que ela estava dizendo isto para o homem que estava andando logo atrás dela e ao lado de outra moça.
Não teve jeito, caimos na risada ali mesmo na calçada. E seguimos rindo da cena tragicômica até o restaurante.

8.9.05

Uma noite de sonho e pesadelo anterior



Recebo o convite do casamento e entro em estado de choque. Cerimônia na Candelária as 20 horas seguido de festa na Ilha Fiscal com transporte efetuado por ônibus fretado.
Não acreditei quando li e não tive mais paz depois que li. Cai na célebre armadilha feminina: pronto, não tenho roupa para ir, o que faço?
Apelo para o pedido às amigas. Não deu certo. Uma magra demais, outra gorda demais, uma alta demais, outra tem um gosto bem diferente do meu. Que falta as irmãs fazem nesta hora. Lá na minha terrinha nunca passei por este sufoco, pois sempre no guarda-roupa de uma das 6 irmãs tinha um "sobresalente" para eu aproveitar nessas ocasiões.
Depois de horas e horas gastas em pensar em possibilidades de combinar meus trapos, compor isto com aquilo, jogar isto em cima daquilo, tirar um pedaço deste e colocar naquele.... nenhum resultado.
Decido então: não vou ao casamento. Dura pouco esta decisão, porque logo me pergunto: como não vou? Nunca fui na igreja da Candelária e nem na Ilha Fiscal. Vou perder a oportunidade de uma boca livre dessa com direito a todas essas mordomias? Ah, num vou mesmo.
Lembrei-me então de uma das minhas 1.985.843 vezes pelo Saara. Sei que vi uma loja que vende vestidos lindos de festa e deve di ser barato, afinal é Saara, gente!
Saio eu então rumo a peregrinação Saarística. Mas antes, já que não sou boba nem nada, planejo direitinho o roteiro, pois só tenho 2 horas para o meu achado: a "chave" para poder ir ao casamento faraônico.
Traçei um mapa mental do Saara e começei minha caminhada, cabeça virando prum lado e pro outro enquadrinhando todas as vitrines das lojas para descobrir a que tinha roupa de festa. Depois de 30 minutos caminhando e já tendo andado por 3 ou 4 ruas encontrei uma. Meu coração disparou de emoção. Parecia que havia encontrato um tesouro.
Entrei, olhei os modelitos e, principalmente, os preços, anotei tudo num caderno e sai. No estado de dureza que me encontro tinha que pesquisar mais possibilidades de comprar mais com menos.
E dá-lhe a andar. As pernas não aguentavam mais, porém eu estava obstinada e segui adiante. Acabei andando praticamente todo o centro da cidade, a passos rápidos, e cabeça virando de um lado para o outro mais rápido ainda, para não perder nenhuma loja de vista.
Entrei numas 8 lojas e sai de cada uma delas cada vez mais desanimada. A cada minuto que passava, parecia que era impossível fazer a aquisição da "chave". Até que no limite das 2 horas disponíveis não tive outra saída a não ser voltar pro ponto de partida: a primeira loja.
Quando lá cheguei a vendedora, muito atenciosa, por sinal, me levou para o final da loja e meu queixo quase caiu, meus olhos ficaram vidrados e meu coração parecia que ia saltar pela boca.
Ultrapassei o limite de mais 2 horas, garimpando nas araras e depois no provador, a bom vestir e tirar vestidos.
Não bastasse mais nada entrei numa crise de indecisão: o vermelho? o azul? o preto? ou o laranja? Daí apelei. Sai da cabine e, que nem uma louca, saí perguntando pra todo mundo que lá estava: ei, pode dar sua opinião de qual ficou melhor em mim?
De posse da opinião quase unâmine de que o AZUL era o melhor, saí eu mais do que feliz, porque além de melhor era o MAIS BARATO. Além disso tudo, estava me sentindo a verdadeira Cinderela no dia do baile do principe, pois o vestido é mesmo lindo demais.
Enfim chegou o dia do casamento e me dediquei a toda uma produção cujo resultado foi M A R A V I L H O S O.
Fiquei linda!
Só foi uma pena por que a Lei de Murphi decidiu dar sinal de vida e nenhuma foto ficou boa.
O casamento foi lindo e prá variar eu me emocionei e chorei. Não sei porque cerimônias de casamento me emocionam tanto.
A festa foi mais maravilhosa ainda e a Ilha Fiscal é um lugar mágico e lindo de morrer. Uma hora fiquei apreciando a torre, que tem um relógio da época que a construção foi feita e que funciona até hoje e viajei imaginando as festas que já rolaram alí e que só sei delas pela história do país ou passando os olhos em revistas.
Cheguei a me arrepiar de tanta emoção.

Um pouco de informação sobre A Ilha Fiscal:
Disputada no século XIX pelos ministérios da Marinha e da Fazenda - o primeiro querendo instalar um posto de socorro marítimo e o segundo, um posto aduaneiro -, a então Ilha dos Ratos ficou sob a guarda da Fazenda. Em 1881, teve início a construção de um edifício dedicado à fiscalização alfandegária, com projeto assinado pelo engenheiro Adolpho José Del Vecchio. Pouco tempo depois, a ilha foi visitada por D. Pedro II. Conta-se que, encantado com a magnífica vista da baía, o Imperador considerou-a um "delicado estojo, digno de uma brilhante jóia". Del Vecchio, então, admirador do estilo gótico, projetou um castelo inspirado nas construções francesas do século XIV. O projeto recebeu Medalha de Ouro ao ser apresentado na exposição da Escola Imperial de Belas Artes. Em 27 de abril de 1889, a obra foi inaugurada com a presença do Imperador, utilizando-se no transporte a famosa Galeota Imperial, hoje exposta no Espaço Cultural da Marinha. Da construção, sobressaem o excepcional trabalho em cantaria, executado por Antônio Teixeira Ruiz, os mosaicos do piso do torreão, obra de Moreira de Carvalho, na qual foram utilizadas mais de uma dezena de espécies de madeira, além das belas agulhas fundidas por Manuel Joaquim Moreira. Também merecem destaque a pintura decorativa das paredes de autoria de Frederico Steckel, o relógio da torre e a magnífica coleção de vitrais importados da Inglaterra.
fonte Rio Tur





AMOR



Eu quero um amor.
Quero um amor que seja muito maior do que eu.
Que faça florescer em mim o meu melhor.
Um amor terno que me provoque suavidade.
Um amor cúmplice que me comprometa por inteiro.
Um amor companheiro que gere planos e projetos em comum.
Um amor parceiro que me inclua totalmente no seu seio.
Não quero um amor qualquer, sorrateiro, passageiro, marginal e bandido.
Disso já escapei e passo batida.
Isto só faz vir de mim o que eu tenho de pior.
Nem quero um amor que não me nega nada
E tampouco o que não me entrega nada
E ainda por cima arranha meu coração.
O que quero é um amor que se instale como posseiro dentro do meu coração
E que nele plante harmonia, companheirismo,
cumplicidade, paz, alegria e determinação
para superar as dificuldades que, com certeza, virão.
Quero um amor forte e convicto
capaz de enfrentar todas as dificuldades
e superar todas as diferenças.
Mas como não sou poeta,
vou falar dos meus sonhos e anseios de amor
com essa bela música que fala grande e alto
sobre o amor que eu já vivi com meu amado EJS
e sobre o amor que eu espero e ainda vou viver:

Teresinha
Chico Buarque
O primeiro me chegou
Como quem vem do florista
Trouxe um bicho de pelúcia
Trouxe um broche de ametista
Me contou suas viagens
E as vantagens que ele tinha
Me mostrou o seu relógio
Me chamava de rainha
Me encontrou tão desarmada
Que tocou meu coração
Mas não me negava nada
E, assustada, eu disse não

O segundo me chegou
Como quem chega do bar T
rouxe um litro de aguardente
Tão amarga de tragar
Indagou o meu passado
E cheirou minha comida
Vasculhou minha gaveta
Me chamava de perdida
Me encontrou tão desarmada
Que arranhou meu coração
Mas não me entregava nada
E, assustada, eu disse não

O terceiro me chegou
Como quem chega do nada
Ele não me trouxe nada
Também nada perguntou
Mal sei como ele se chama
Mas entendo o que ele quer
Se deitou na minha cama
E me chama de mulher
Foi chegando sorrateiro
E antes que eu dissesse não
Se instalou feito um posseiro
Dentro do meu coração

4.9.05

Corra e olhe o céu


Hoje escutei o CD do Cartola que ganhei no amigo oculto do Sambamantes. Lindo demais!
Uma música em especial ficou na minha cabeça o resto do dia e ele tem um significado enorme na minha vida.

"Vai, corra e olhe o céu, que o sol vem trazer bom dia"


Corra e olhe o céu
Cartola

Linda te sinto mais bela
Te fico na espera
Me sinto tão só, ai!
O tempo que passa
Em dor maior, bem maior
Linda no que se apresenta
O triste se ausenta
Fez-se a alegria
Corra e olha o céu
Que o sol vem trazer bom dia
Ah, corra e olha o céu
Que o sol vem trazer bom dia

Re-equilíbrio


Logo de manhã sento para organizar minhas coisas. A casa uma bagunça, a roupa de 15 dias por lavar, a papelada toda misturada... um horror.
Inicio com a roupa, passo para a arrumaçao da casa e por ultimo vou enfrentar a papelada. Separa papel prá lá, arruma papel prá cá e deparo-me com as contas a pagar e algumas anotações num papel.
Com muita coragem, coisa que aliás não me falta, exceto quando se trata de parar em sinal de trânsito, inicio a contagem. Luz, gás, telefones, condomínio, prestação do apto, cheques voadores, cartões de crédito..... Para! Não acredito no que estou vendo no visor da calculadora. Não é verdade isto. Tem algo errado.
Separo tudo novamente e somo tudo de novo. É verdade sim! Não tem erro nenhum. Estou no VERMELHO. O que fazer, meu Pai?
Depois de uma hora de projeções matemáticas, cálculos estatísticos, regras de três, raiz quadrada e planilhas de excel vejo que não tem jeito não. A única saída é radicalizar, ou seja, parar de gastar.
Parar de gastar só se eu não colocar mais a cara na rua, não andar mais de metrô e nem de ônibus, não comprar nem uma empada de bacalhau, não tomar mais nem uma cerveja, não comprar mais cigarro e parar radicalmente de almoçar e jantar. Cafezinho? Nem pensar, pois ainda tem o custo do adoçante. Samba? Só se for 0800 e sem cerveja (impossível isto).
Pensei melhor e me veio uma esperança de que o banco esteja errado. Entro na internet e tiro o meu extrato. Talão de cheques em punho, calculadora em cima da mesa, caneta e papel, saio eu anotando TODOS OS LANÇAMENTOS que o banco fez na minha conta. Tica daqui, anota alo, calcula acolá.
O resultado? Tudo certíssimo. Lembrei então da minha época de bancária e de como o banco faz tudo muito certinho, raramente tem erro.
É, então não tem jeito!
Tem uma hora que a gente tem que dar um rumo nas coisas. Pois é, estou nessa hora. Hoje tomei a decisão, sentindo muito por isso, claro, mas, como não sou boba nem nada, lanço mão logo de um bom mecanismo de defesa (que bom que Freud existiu): racionalização.
Racionalizei pensando em unir o útil ao necessário: tenho andado cansada porque estou trabalhando muito, preciso retomar minha dieta para perder os 7 quilos que me atormentam noite e dia, preciso recomeçar as minhas caminhadas diárias no aterro, preciso parar de beber tanto senão daqui a pouco vou ter que apelar pro AA, tenho uns 8 livros para ler e não estou conseguindo tempo para isto, NÃO TENHO DINHEIRO PARA GASTAR.
Resolvida a questão: voltei a dieta hoje mesmo, já separei e organizei os livros que preciso ler e JÁ COMEÇEI A LER, descansei, fiquei em casa, não bebi, arrumei a casa, lavei a roupa. O dia acabou e eu nem percebi.
E assim vou ficar nisso por alguns muitos dias até a conta bancária mostrar sinal de saúde.
Mundo, volto a ti daqui a mais ou menos 1 mês.


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