11.12.05
O retorno - parte I

Nossa, desde setembro que não ando por aqui. 3 meses, tempo pra caramba.
Fiquei esse tempo todo completamente envolvida com meu trabalho. As vezes a vida da gente dá umas guinadas que nos tiram da rotina, né nao? Senti vontade de escrever algumas vezes, mas não consegui escrever, fiquei apenas na vontade.
Como boa sagitariana não gosto da rotina no trabalho, mas gosto da rotina (parcial) no meu dia-a-dia. Paradoxal? É, sei que é, mas combina comigo, repleta de paradoxos que sou. Adoro estar com pessoas e adoro estar sozinha. Adoro confusão e adoro sossego. Adoro doces e adoro salgados. Adoro mar e adoro montanha. Adoro trabalhar e adoro "vagabundar".
Aliás, pensando agora em minha vida me dou conta de inúmeros paradoxos que fazem parte da minha história. Hum, melhor deixar isso prá lá.
Hoje, depois de tanto tempo na fase "trabalho e reclusa" um barzinho fez parte da minha paisagem. Afinal, é dezembro, mês do ano que eu mais gosto. Começou a série "confraternizações de final de ano". A partir daqui é uma por dia, e em alguns dias mais de uma por dia. Foi-se pro espaço a dieta e a decisão de parar de beber. Com isso só tomando outra decisão: vou parar de beber depois do carnaval. Pronto, tá decidido! Assim não entro em conflito paradoxal.
Hoje minha querida amiga Fafá repassou as definiçoes da nossa confraternização do ano passado. As minha metas resumiram-se em apenas não ter metas para o ano de 2005, ou melhor, ter apenas uma meta para o ano de 2005:viver ao estilo Zeca Pagodinho.... deixar a vida me levar.
Hoje, percebi que foi sábia a minha decisão do final do ano passado. Deixei mesmo a vida me levar e tive boas surpresas com isso. Posso resumir que a vida passou no ano de 2005 e deixou um saldo extremamente positivo:
- construi meu próprio negócio e tive resultados profissionais excelentes
- consegui sair do vermelho na banco.
- consegui extrapolar o uso do cartão de crédito e chegar no final do ano com o cartão sob controle
- me adaptei (e muito) bem a morar sozinha e não me sentir sozinha
- entrei para um grupo maravilhoso e conheci pessoas maravilhosas.
- consegui depois de 16 anos passar uma data importante na minha terra natal.
- tomei gosto por cuidar da minha casa e redecorei ela quase toda.
- me curei de uma doença amorosa e descobri que a pessoa que eu amei nunca existiu... não da forma como eu achava que ela era.
- consegui emagrecer uns quilinhos
- dei o primeiro passo (apenas o primeiro, por enquanto) para parar de fumar
- aprendi que nem todas as pessoas que confiamos são confiáveis, mas não perdi a fé nas pessoas por isso.
Só tenho a agradecer pela vida que tenho. Não que ela seja perfeita, longe disso. E se fosse perfeita acho que nem graça teria. Mas sou realmente uma pessoa privilegiada e agradeço a Deus todos os dias por isso.